quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ah, as Larvárias!

 
Bem, dando continuidade ao périplo das máscaras aqui estão as deliciosas Máscaras Larvárias. Essas máscaras não são, em sua origem, máscaras de teatro, mas máscaras de carnaval. Isso mesmo. As larvárias são naturais de Basel, na Suíça e têm esse nome por se tratarem de seres em formação (do radical larva).  Essas adoráveis criaturas – entre o humano e o animal – não se caracterizam exatamente como personagens, mas apontam direções de exploração para os atores. Literalmente.
Lecoq e Sartori, mais uma vez, é quem foram resgatar esse tesouro para o domínio teatral. Eles se deram conta, com toda razão, que os traços claros, simples e exagerados das larvárias apresentavam um excelente caminho de introdução ao universo das máscaras expressivas. Na década de 60 Lecoq foi buscá-las e as incorporou ao método pedagógico de sua escola. Suas linhas bem definidas permitem aos atores encontrar rapidamente um corpo possível para portá-las lhes proporcionando, de forma quase indolor e instantânea, a mágica de vibrar em harmonia com uma máscara.
E uma vez que essa mágica acontece, os atores são dominados por ela: o mundo mágico das máscaras se abre diante deles com suas infinitas possibilidades. Pensando bem, as Máscaras Larvárias, com essas carinhas inocentes e sua enorme generosidade são perfeitas aliciadoras! Mas que prazer ser “possuído” por elas!


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