Bem,
dando continuidade ao périplo das máscaras aqui estão as deliciosas Máscaras
Larvárias. Essas máscaras não são, em sua origem, máscaras de teatro, mas
máscaras de carnaval. Isso mesmo. As larvárias são naturais de Basel, na Suíça
e têm esse nome por se tratarem de seres em formação (do radical larva). Essas adoráveis criaturas – entre o humano e
o animal – não se caracterizam exatamente como personagens, mas apontam
direções de exploração para os atores. Literalmente.
Lecoq
e Sartori, mais uma vez, é quem foram resgatar esse tesouro para o domínio
teatral. Eles se deram conta, com toda razão, que os traços claros, simples e
exagerados das larvárias apresentavam um excelente caminho de introdução ao
universo das máscaras expressivas. Na década de 60 Lecoq foi buscá-las e as
incorporou ao método pedagógico de sua escola. Suas linhas bem definidas
permitem aos atores encontrar rapidamente um corpo possível para portá-las lhes
proporcionando, de forma quase indolor e instantânea, a mágica de vibrar em
harmonia com uma máscara.
E
uma vez que essa mágica acontece, os atores são dominados por ela: o mundo
mágico das máscaras se abre diante deles com suas infinitas possibilidades.
Pensando bem, as Máscaras Larvárias, com essas carinhas inocentes e sua enorme
generosidade são perfeitas aliciadoras! Mas que prazer ser “possuído” por elas!
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